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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Vivência do Sagrado Feminino na Gestação


O Projeto Acolhendo a Gestação encerra suas atividades de 2012 e convida todos interessados pelo tema para participarem da Vivência do feminino sagrado na gestação. 
Compreendemos que o processo de gestar faz parte do milagre da Vida e estar mais consciente, estabelecer uma conexão positiva com seu bebê contribui para a formação de uma sociedade mais saudável. 
O Ayurveda - Ciência da Vida, amplia a perspectiva sobre essa decisão da mulher e da família em gerar uma nova vida e recomenda algumas práticas cotidianas para que seja feita conexão com o sagrado presente no gestar e na vida antes mesmo da concepção. 


Pontos a serem abordados

  • Promover o diálogo para processo da criatividade na gestação
  • Vivenciar o silêncio interno para ampliar a interação com o bebê
  • Tomar consciência dos sentidos que faz a conexão com a Deusa interior.

Programação

Uneb - Auditório do Departamento de Ciências da Vida I
14 de dezembro de 2012

8:00 h – 08:30 h 

  • Recepção dos participantes

08:30 h ás 11:30 h 

  • Abertura da Roda
  • Danças Circulares sagradas
  • Diálogo com participantes

Facilitadoras:

SHERI DAMAR | Avó, mãe de 3 filh@s, filha de parto natural. Especialista em Consciência e Educação, Fundadora do Prana Dhama, Coordenadora do Grupo de Mulheres do Dhyana Spa, uma das coordenadoras o projeto Gestação Consciente e do Projeto Massagem para Gestantes - Garbhini Abhyanga. Adoula pelo Instituto Shaumbra, Doula pela Ando. Formada em Ayurveda e Panchakarma na Índia, aprofundamento em Ayurveda para mulheres com o Dr Svoboda e Dra. Claudia Welch pelo Instituto NaraDeva Shala. Deeksha Giver pela Onenes University, formação em Constelação familiar, renascedora.

MAIANA KOKILA | Administradora de si mesma, Astróloga indiana, Consultora e Professora em Ayurveda (especializada em Saúde da Mulher - Dr. Svoboda e Dra. Claudia Welch), Yoga e Massagem. Espiritual Adoula, Doula, Facilitadora de Danças Meditativas. Co-criadora do Projeto Massagem para Gestantes - Garbhini Abhyanga e Gestação Consciente. Na Índia, estudou com a parteira Marina Dadasheva (Russia) e no Nepal, Prasuti Tantra com o Dr. Rishi Ram Koirala (Ayurveda Health Home).

Sites das facilitadoras: 

Teremos um intervalo para integração, frutas, sucos, bolos e lanches saudáveis serão bem vindos para compartilharmos.

11:30 h às 12:00 h 

  • Encerramento e avaliação dos trabalhos.


Maiores informações
71 3117-2461 ou smos@uneb.br
Procurar Chenia d'Anunciação

Organização
Mary Galvão
Chenia d'Anunciação
(www.doulasalvador.com.br)



terça-feira, 27 de novembro de 2012

A Humanização do Nascimento

Convidamos mulheres, homens e famílias interessadas em informações e histórias que cercam o momento do parto e nascimento para participarem deste evento onde os ritos, orações e símbolos que integram os elementos de valorização deste ritual sagrado será debatido sobre a perspectiva da espiritualidade enquanto elemento da Humanização da Assistência.

A fala da palestrante convidada será de Iara Silveira, Enfermeira Obstetra, fundadora da ONG HANAMI em Florianópolis, atualmente atendendo parto domiciliar em Brasilia. O evento contará ainda com as presenças de:

Dra.Marilena Pereira - Médica Obstetra do Centro de Parto Normal da Mansão do Caminho em Salvador

Daniela Leal - Psicológa e fundadadora do Grupo RodaViva em Salvador

Mary Galvão- Enfermeira Obstetra e Docente do Curso de Enfermagem da UNEB e ativista do Movimento pela Humanização da Atenção ao Parto e Nascimento.




A Humanização do Nascimento


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Agradecimento

Agradecemos profundamente à equipe do Centro de Parto Normal Marieta de Souza Pereira pelo Acolhimento, Respeito, Solidariedade e Alegria com que fomos recebidas durante a assistência ao parto de Laura Silveira de Oliveira e ao nascimento de Malu, na última quinta-feira (25/10/2012).

Agradecemos especialmente:

Às Técnicas de Enfermagem Jaqueline e Dijean pela delicadeza e perícia na assistência;
À Enfermeira Obstetra Suzana, pela receptividade, ao abrir as portas da casa, com o coração aberto;
À Enfermeira Obstetra Gertrudes, pela alegria e sabedoria prestadas na assistência ao parto e ao acolhimento de Malu;
À Dra. Marilena, pela delicadeza, objetividade, perícia e presteza necessárias à assistência ao parto e ao pós-parto imediato;
À jovem médica, cujo nome não registramos, devido às emoções do momento, que entrou na história, auxiliando e vibrando positivamente.

Foi maravilhoso estar com vocês todas! Muitíssimo obrigada!
Que esta Casa siga firme no seu propósito de Acolhimento e Humanização do Nascimento!

Um grande abraço!

Mary Lucia Galvão - Enfermeira Obstetra e Parteira
Liliana Silveira - Doula


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Evento na UNEB - Roda de Conversas, Respeito ao Parto e Respeito à Mulher


RELATO DO PARTO DE MANUELA BOSQUIROLLE E NASCIMENTO DE ZAION


Por Mary Galvão

Manuela é paranaense, bióloga que veio para Bahia há cinco anos para trabalhar no Projeto Tamar. Ela conheceu um baiano – Adolfo e se apaixonaram a ponto de querer um fruto desse amor.
Manuela veio me procurar com IG de 34 semanas por indicação de Carla Miranda, sua doula. No nosso primeiro encontro percebi que se tratava de uma mulher forte e determinada e sabia exatamente os motivos que a faziam optar por um parto domiciliar. Segura e decidida ela se comprometeu a retornar uma semana depois com seu parceiro para oficializar o contrato de assistência ao parto domiciliar. Quando retornou com Adolfo, observei e constatei que se tratava de um casal plenamente grávido e feliz!
A condição emocional da gestante, me tranquilizou porque sabemos que o parto é muito mais tranquilo quando a gestante tem o apoio efetivo de seu parceiro. Durante o período de acompanhamento pré-natal (junho, julho e agosto) fui percebendo que Manuela era muito cuidadosa com sua alimentação – totalmente naturista e estava em perfeito estado de saúde. A data provável do parto estava prevista para 13 de agosto; no calendário lunar ela completou 10 luas em 16 de agosto. Com tudo já organizado em sua casa novinha em folha, comprada para celebrar este grande momento da união amorosa. Ela falava com muita vibração sobre a compra da casa nova em Arembepe – comunidade litoral a 40 km de Salvador. Quando fui conhecer sua casa observei que a família, com a chegada de sua irmã Luiza, que veio para colaborar no período do parto, estava muito feliz com a aproximação do parto de Manuela e nascimento de Zaion .
Nesta mesma semana também chegou a Salvador uma parteira amiga, Marilanda, que mora no Rio de Janeiro onde atua na assistência ao parto domiciliar. Combinamos com a gestante a realização de um ritual de dança do fogo, de origem indígena, que promove uma transmutação de energia através de movimentos rítmicos em volta da fogueira, para limpar a aura da mãe que vai receber o novo espirito na terra. Aprendi este ritual no Equador onde participei juntamente com Suzana, amiga xamã que trabalha nesta perspectiva. 
Na noite combinada para o ritual chegamos (eu, Carla e Marilanda) e encontramos Manuela, Adolfo, Luiza e sua irmã Mariela que havia chegado um dia antes, para passar o final de semana com eles. Um pouco mais tarde chegaram Chenia com sua filhinha Zaia, que trouxe muita alegria e criatividade para aquele momento especial. A fogueira já estava arrumada na varanda, o alimento do ritual havia sido preparado saborosamente por Manuela e eu havia levado arroz doce para os orixás convidados.


Manu foi cuidadosamente maquiada por suas irmãs e Zaia cuidou de pintar o barrigão que foi transformado em uma tela onde ela e as irmãs de Manuela pintaram uma imagem bastante sugestiva (vide foto)! O ritual ocorreu em clima de muita magia unindo família e amigos para celebrar a chegada de Zaion.







No dia 15 de agosto a Manuela retornou para uma consulta informando que por motivos familiares as suas irmãs tiveram que retornar a Minas Gerais. Neste encontro percebi um “certo grau de ansiedade” em Manuela que não foi expressado verbalmente. Mas seu comportamento estava diferente. Sua saúde física continuava ótima, mas emocionalmente existia alguma sombra. No dia seguinte Adolfo me confessou por telefone que ela estava irritada. Uma semana depois (dia 22) ela retornou para uma nova avaliação e ao final da consulta, questionou “por que será que não entro em TP” (Trabalho de Parto). Silenciamos por um curto período e ouvimos (eu e Marilanda) atentamente seus relatos e ao final da consulta ela trouxe uma preocupação de sua mãe, que por telefone havia lhe assustado com sua escolha de ter o parto domiciliar. Diante da verbalização do sentimento transferido por sua mãe, achamos muito importante abrir nossa observação da consulta anterior - ela havia mudado de comportamento nestas duas semanas que antecediam o parto. Foi muito interessante ouvir a opinião e impressões pessoais de Manuela a respeito de sua relação com sua mãe que permanece querendo exercer controle sobre as decisões da filha neste momento delicado! Saímos desta consulta confiantes nos resultados positivos da verbalização e elaboração dos sentimentos que Manuela estava vivenciando.
No dia 23, as 5:30, da manhã recebi a ligação de Adolfo nos informando que Zaion estava chegando. Manuela havia entrado em TP às 4 horas da manhã de 23 de agosto de 2012.  Às 6:30 chegamos à sua casa onde a encontramos na varanda em companhia de Carlinha lhe ajudando a fazer movimentos circulares com a pelve. Adolfo veio nos receber no portão com um largo sorriso no rosto. Repetia alegremente como uma criança encantada “ZAION TÁ CHEGANDO!”. Fomos todos para a sala e lá sentamos todos em volta de Manu que estava bem disposta para o trabalho de parto.  Observava atentamente o comportamento do útero de Manuela. Fiquei sentada em uma almofada a sua frente monitorando as contrações uterinas que já se apresentavam rítmicas e regulares com duração média de 30 segundos. Ás 7:30 concluímos o diagnóstico: início de trabalho de parto. Os batimentos cardíacos do bebê estavam rítmicos, em 140 batimentos por minuto.



À medida que as contrações aumentavam em duração e intensidade, Manuela demonstrava mais determinação de dar continuidade ao processo, embora gemente, ela movimentava-se livremente com o apoio de Carla que oferecia ajuda, mudanças de movimentos usando a bola e dona de suas decisões. Com o trabalho de parto em franca evolução, achamos que era chegada a hora de esquentar a água e colocar as ervas para aromatização do ambiente. Nesta consciência de observar silenciosamente a evolução do processo, também percebi o clima intimista que havia se instalado naquele ambiente. Por volta das 10 horas, vi Carla e Marilanda começarem a encher a piscina com baldes e caldeirões de água morna. Por volta das 11 horas, Manuela começou a gemer alto durante as contrações.  Às 11:30 fizemos o primeiro toque vaginal para avaliação das condições do colo: apresentação encaixada no 2º plano de De Lee, com colo  fino e dilatado para 5 centímetros. Em seguida ela entrou na piscina, ali permaneceu durante uma hora. Às 12:30 horas contrações se tornaram muito dolorosas e Manuela começou a gritar muito alto. Esses gritos chamaram atenção da vizinhança que vieram e gritaram no portão: “tão precisando de ajuda ai?!”. Questionavam o motivo daqueles gritos. Adolfo foi até o portão para tranquiliza-los e informando-os que sua esposa encontrava-se em TP sendo acompanhada por duas parteiras e que a melhor maneira de receber ajudar era se eles fizessem uma oração. Ouvir alguém perguntar lá fora para o Adolfo, por que não leva ela para o Hospital?
A partir desta interferência externa, Manuela que já estava bem focada no seu processo, ativou seu lado mental (neocórtex) e mudou totalmente de comportamento. Agora ela estava mais atenta aos detalhes a sua volta, seu instinto materno lhe ativou o neocortex e o processo foi abruptamente alterado. A partir daí as contrações se espaçaram muito e ela muito cansada, depois de horas de franco trabalho, demonstrou muita irritação. Decididamente levantou-se de seu cantinho, aos pés da sua cama e retornou para a piscina, colocada na sala. Entrou na água e ficou pensativa por alguns momentos. Marilanda me chamou no quintal para uma conversa de avaliação das alterações do processo. Chamamos Carla para participar de nossa conversa reservada. E toda equipe chegou à mesma conclusão, a evolução do parto sofreu uma interrupção. Precisávamos ajudar Manu retornar para seu processo. Pensamos em aproximar Adolfo a Manu. Conversamos com ele reservadamente e sugerimos que ele entrasse com ela na piscina. Fomos as três para a varanda e ali permanecemos por um período de uma hora. Quando ouvimos os gemidos de Manuela, recuperando o seu padrão de contração da fase ativa, aí, retornamos a sala. Manuela havia retornado o processo com gemidos durante as contrações, agora bem fortes, ela continuava na piscina chorando muito e expressando alto grau de cansaço. Em clima de apoio e compaixão, Adolfo levantou-se e pegou o violão, sentou-se em frente a Manuela e começou a tocar e cantar músicas que resgatavam memórias afetivas do relacionamento, foi um momento muito especial desse processo.


 Por volta das 15 horas, ela sentiu necessidade de se recolher em um cantinho mais reservado, indo para o banheiro. Lá permaneceu de cócoras no chuveiro com Carla por uma hora. Esse período foi decisivo para avançar o processo porque logo depois dela retornar a seu quarto, avaliamos e constatamos que o colo estava com  7 cm, de consistência espástica. Os BCFs do bebê continuavam firmes “tumtumtum...” Ela e Adolfo faziam questão de ouvir o coração de Zaion, atentamente. Isso foi bem legal para mantê-los tranquilos e seguros com o bem estar de seu filho.


De novo o ambiente estava acolhedor, sentada na sala por quase duas horas, estive bem consciente para observar o clima que havia se instalado ali naquele espaço sagrado. Quando Manuela retornou do banheiro às 16 horas, gritando muito e já exausta. Marilanda sugeriu uma reavaliação das condições do colo foi quando ela preferiu deitar-se em sua cama porque o cansaço e esgotamento eram aparentes. Adolfo em atitude de companheirismo, não saía de perto dela e pedia fervorosamente a Deus para aliviar as dores de sua mulher.  Observamos calmamente Manuela procurando um cantinho da casa para se acomodar, foi para o seu quarto e se agachou aos pés da cama. Percebemos que havia chegado a hora de organizar o cantinho para o grande momento, a chegada de Zaion, para que ela se sentisse segura o suficiente para liberar sua cria. Calmamente fomos dando estrutura para o cantinho escolhido. Neste espaço de tempo a dilatação estava completa, mas o período expulsivo, embora com duração de apenas 1 hora (das 16 e 17 hrs), foi muito DOLOROSO para Manu, porque ela havia chegado a exaustão de sua força motora e de sua tolerância energética.
Ao final ela verbalizava “Não tenho mais força”. E nos olhava com expressão de pedido de ajuda, mas nós nos mantivemos sempre firmes no propósito de fazê-la acreditar que ela podia continuar. Este período foi muito difícil para o pai porque sua sensibilidade e amor por Manuela partia seu coração. Quando Zaion coroou ele chorou muito e entrando em estado de graça não perdeu um detalhe do ritual de nascimento de seu filho. Vivenciou intensamente todas as emoções que o rito lhe proporcionou. Adolfo deixou seu coração aberto para permitir a fluidez desta energia sagrada. Manuela teve alteração de consciência, mantendo-se firme o suficiente para atravessar a ponte que permite conhecer as profundezas da alma. Rasgando a garganta de tanto gritar, ela abriu seu corpo para dar passagem à parte mais sagrada de si mesma, dando mais sentido ao amor.


Saindo de suas entranhas, chega Zaion para os braços de sua mãe que lhe recebeu as 17:00 de 23 de agosto de 2012, ao por do sol do inverno de Arembepe, através de seus gritos e do choro de seu pai que lhe recebe nos braços plenos de amor!  Lindo, saudável, pesando 3.200 e medindo 47 cm. Com a testinha do pai, os olhos da mãe e o cabelo claro do avô materno segundo constatação dos próprios pais, testemunho legítimo da continuidade de nossos laços consanguíneos. Mais um parto, mais um nascimento de uma nova família que escolheu experienciar os limites da capacidade daqueles que acreditam que tudo é possível quando acreditamos em nossas escolhas. O vínculo foi automaticamente construído à base de muita ocitocina, endorfinas e lágrimas de felicidade.

   

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Roda de Diálogos Paternidade: experiências e questões


A Uneb, através do projeto de Extensão Acolhendo a Gestação convida a todos interessados pelo tema, a participarem da Roda de Diálogos Paternidade: experiências e questões.

A proposta visa fomentar diálogos e questões sobre a paternidade, os dilemas decorrentes das relações estabelecidas por esta condição. Não há uma intenção prévia de apontar diretrizes ou mesmo programas de discussões e ações. Estamos diante de um terreno ainda silencioso, obscuro e, por vezes, movediço, pois refém da força da tradição do comportamento masculino.

Preferimos iniciar ouvindo o relato das experiências daquele que viveu, vive e viverá o desafio de ser pai a partir do conhecimento da gestação do(s) seu(s) filho(s).

A partir da desta roda de diálogos surgirão questões agregadas que podem ser pontuadas através de algumas abordagens.

Nessa perspectiva a UNEB através do Projeto Acolhendo a Gestação, convida a todos os interessados pelo tema a participarem do evento Paternidade: experiências e questões.

Auditório do Departamento de Ciências da Vida I – UNEB Cabula.
28 de Setembro de 2012

Programação

De 8:00 h – 08:30 h Recepção dos participantes

De 08:30 h ás 08:50 h – Vídeo da campanha pela licença paternidade

De 08:50 h às 09:30 h Abertura da Roda

Paternidade: experiências e questões

Mediadores:

Onildo Reis—Historiador e pai de Zaya 3 anos

Alexandre Coimbra—Psicólogo e pai de Luã 5 anos e Ravi 3 anos

Marcelino Sampaio—Enfermeiro e pai de Melissa de 2 anos.

De 09:30 h às 10:00 h – Lanche

De 10:00 h s às 11:30 h – Diálogo com participantes

De 11:30 h às 12:00 h - Encerramento e avaliação dos trabalhos.
Maiores informações
71 3117-2344  | 3117-2461
Falar com Chenia d’Anunciação
Evento gratuito e aberto a todos os interessados pelo tema.
Emitiremos certificados aos participantes

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Um pouco sobre amamentar


Por Liliana Silveira


Hoje, ao reencontrar uma amiga que está vivenciando a maternidade, ao mesmo tempo em que eu, tive a urgência de colocar aqui um pouco do que venho pensando há algum tempo. Conversávamos sobre a convivência com os nossos bebês. O meu filhote mais novo está com nove meses e a filhinha dela com um ano e três meses. Eu, bióloga, doula, assistente de parteira urbana. Ela, a minha amiga, bióloga e nutricionista. Não somos mulheres “leigas”, portanto, nas questões da vida, biologicamente falando. Eu, mais especificamente, sou nutriz (mulher que está em período de amamentação do filho) pela terceira vez.
Então, dentre outros aspectos da maternidade, estávamos revelando uma para a outra as nossas observações quanto às crenças que (talvez secretamente) cultivamos. A principal delas, a quantidade de leite que produzimos. Distraidamente, em dado momento da conversa concluíamos, um pouco saudosas, que nos dava muita segurança a grande quantidade de leite que tínhamos nos primeiros meses dos nossos bebês. Por outro lado, concluímos também que, aquela produção exagerada de leite, poderia ser um transtorno, se acontecesse durante um período longo. Atualmente, com bebês maiores, somos constantemente lembradas por pessoas próximas de que “não temos mais tanto leite” e que, portanto, “talvez” os nossos filhos não encontrem leite suficiente no seio... E que, talvez, seja realmente bom para eles tomar um mingauzinho, ou outro alimento que contenha leite de vaca.
Desde que me tornei mãe, percebo o quanto somos abaladas por questionamentos do mundo racional, como “quantidade” e “qualidade”. Em termos de aleitamento, concluí há muito tempo que devemos fazer exatamente o contrário: apenas deixar rolar... Filhotes humanos são semelhantes a outros filhotes de mamíferos em alguns aspectos. O que cabe aqui, das minhas observações com os meus filhos: bebês “sabem” encontrar leite em seios que estão aparentemente vazios. Como assim? Basta observar a tranquilidade que eles têm ao mamar. Simplesmente mamam. E a mãe que estava se achando “meio vazia”, logo sente a movimentação do leite em direção à boca do bebê. Tudo resultado da sabedoria da natureza. Se o objetivo é gerar a vida e garantir a sua continuidade, por que faltaria leite para o filhote?
Tenho nas minhas experiências a recordação de alguns momentos críticos para mães que amamentam. O primeiro deles, ainda nos primeiros dias do bebê, quando produzimos apenas o colostro. O colostro é um líquido transparente, riquíssimo em anticorpos (substâncias que protegem o organismo de doenças), que sai em pequeníssimas quantidades do seio materno. Segundo informação que obtive recentemente, a cada mamada o recém-nascido recebe algo em torno de uma colher de chá do colostro. Daí, ele precisar passar quase que todo o tempo literalmente grudado à mãe nos primeiros quinze dias após o nascimento. Além de receber o colostro, o bebê PRECISA do contato com o corpo da mãe, com os seus sons, movimentos e cheiros. Muito além da necessidade de mamar muito, o bebê está se adaptando ao mundo exterior, saído de ambiente escuro, quente e apertado, o útero materno. Lá dentro, era embalado pelos movimentos da mãe e estava fisicamente delimitado (protegido) pelo corpo materno. É preciso acolher o bebê. Dar para ele muito colo, carinho e peito de mãe.
No período pós-parto, é preciso que a mulher tenha um ambiente tranquilo a sua volta. Nada de relógios, cronômetros e julgamentos. Ela precisa sim, estar bem para estar disponível para o seu filhote (filhote mesmo, em termos animais, viscerais). Esse grude entre mãe e filho é essencial nos primeiros meses. Depois vai folgando, aos poucos, ao longo do primeiro ano de vida do bebê.
Quando uma mãe se sente insegura, assustada, deprimida, preocupada e desamparada provavelmente terá alguma redução na sua produção de leite. Quanto mais esses sentimentos se intensificam, geram tensão, que bloqueia a liberação de hormônios (prolactina e ocitocina, principalmente) importantíssimos para a produção e liberação do leite. Além disso, neste momento tão intenso e delicado está acontecendo a formação do vínculo entre a mãe e o seu bebê. Eles precisam verdadeiramente estar juntos.
Outro “probleminha” dos primeiros dias do pós-parto, os bicos dos seios rachados (ou fissurados). Se acontecer, geralmente é porque o bebê está abocanhando o bico do seio de forma “incorreta”, afinal, ele também está aprendendo a mamar. Ajuda observar como estão os lábios do bebê durante as mamadas. Eles devem ser completamente visualizados, como as bordas de um sino em volta da aréola do seio. E toda a aréola (a parte escura do seio), ou quase toda, deve estar dentro da boca do bebê. As rachaduras doem muito, podem até sangrar. Aconteceu comigo nos pós-partos anteriores. É preciso ter força de vontade e suportar a dor durante as mamadas por uns cinco dias enquanto os seios cicatrizam. Não precisa parar de amamentar, a não ser que seja, de fato, insuportável.  O próprio leite atua na cicatrização. Após cada mamada a mãe deve espalhar o leite sobre os mamilos e esperar secar, com o sutiã aberto. Se for possível secar ao sol, melhor ainda. Durante o banho, e apenas durante o banho, lavar somente com água. Funciona mesmo, melhor do que qualquer pomada ou creme cicatrizante. Enquanto não cicatriza, é bom ter alguém por perto, de quem apertar a mão e que possa lhe servir um copão bem cheio de água. Amamentar dá muita sede, e beber água na hora da dor, além de satisfazer a sede, distrai a atenção, dá sensação de alívio.       
Depois de passados mais ou menos quinze dias do nascimento, o leite materno está sendo produzido em abundância. Tanta abundância que, pela minha primeira experiência (há doze anos), concluí que poderia amamentar tranquilamente dois bebês. Neste período, os seios costumam ficar muito cheios e endurecidos. A pele fica muito esticada (às vezes brilha) e quente. O bebê pode não conseguir consumir todo esse leite (e geralmente não consome). A mãe fica aflita, pois os seios podem ficar doloridos, e os bicos, endurecidos. Daí, o bebê não conseguir abocanhar o seio para mamar. É chegado o momento de ter atenção e cuidado redobrados. É bom esvaziar os seios após as mamadas, pois o leite acumulado pode resultar em mamas endurecidas e doloridas (ingurgitadas), ou em mastite, um processo inflamatório. O leite extraído pode ser doado para uma maternidade, pois muitos bebês prematuros precisam de leite enquanto suas mães ainda estão a caminho de uma produção maior, que dê conta de nutri-los e fazê-los ganhar o peso necessário. A ordenha (é ordenha mesmo, igualzinho às outras mamíferas) das mamas pode ser feita manualmente ou com bombinhas específicas, manuais ou elétricas.
Quando bebê está maior, entre o segundo e o quarto mês, mais ou menos (deve ser assim, “mais ou menos”, “geralmente”... pois, não somos máquinas!), acontece um ajuste entre a produção de leite e a demanda do bebê. A mãe percebe que os seios não ficam mais tão pesados e endurecidos. Às vezes, o período coincide com algum acontecimento estressante, ou que mudou a rotina do bebê. E ele passa um ou alguns dias irritado, choroso. O primeiro pensamento é que o bebê está chorando porque o leite está acabando. E a angústia, inevitavelmente, se instala. Reside aí o perigo de ceder à tentação de oferecer algumas mamadeiras com leite artificial. Infelizmente boa parte dos pediatras conhece muito pouco do manejo da amamentação. Não sabem o que orientar e terminam sugerindo (ou receitando, o que é bem pior) algumas mamadeiras de leite artificial, para complementar a alimentação com leite materno. O problema é que o leite artificial é difícil de digerir, e o bebê que antes mamava em intervalos de uma ou duas horas, passa cerca de quatro horas sem sentir fome. Para algumas pessoas próximas pode ser até interessante perceber o bebê tão “tranquilo” ou dormindo por tanto tempo. Mas o que acontece é que as horas adicionais sem mamar ajustam a produção da mãe para menos leite. Desse modo, serão necessárias cada vez mais mamadeiras de leite artificial. Gradativamente (mas não muito devagar), o corpo materno se ajusta a produzir cada vez menos leite, pois, não está sendo solicitado através da sucção do bebê no peito. Resumindo, o corpo da mãe entende que o bebê está mamando menos e, portanto, deve produzir menos leite. Simples assim.
As mamadeiras são bonitinhas, coloridas, direcionadas para meninos ou meninas. O leite artificial ilude pela sua brancura e quantidade, pois pode ser preparado na quantidade desejada. Ilusão mesmo. Diante do leite materno, perde. E muito. Além de todo o valor nutricional e imunológico do leite materno, é bom lembrar que ele é específico para cada bebê, existe a importância da relação entre o bebê e o seio da sua mãe. O valor maior está naquelas horas intermináveis de aconchego, carinhos e conversinhas amorosas de amamentação.
É preciso acreditar que é possível, pois, ao contrário do que mostram as propagandas, amamentar não é fácil. Tem que querer e ter fé. Buscar ajuda e ouvir com o coração aberto, pois ele é capaz de perceber conselhos equivocados. É importante lembrar-se sempre que, independente do problema que te aflige, tem alguém que pode te ajudar. Mulheres que já amamentaram ou que estão amamentando e que gostam de amamentar são as melhores conselheiras. É que costumamos guardar registros dos momentos preciosos de nossas vidas, e a mulher que tem prazer em amamentar, a cada filho que tem, guarda as experiências como um aprendizado. Tem prazer em compartilhar o que sabe com as que estão precisando de uma ajuda. Amamentar um bebê é algo complexo, mas, ao mesmo tempo, também é simples como as coisas da natureza. As respostas nem sempre estão prontas, é preciso olhar a situação, refletir sobre ela, buscar informações nas trocas de experiências com outras mães.  E seguir amamentando, sem desistir! 
Amamentar ou aleitar um bebê é uma prática da Vida, que insere a mulher no mundo natural. Desperta ou fortalece o feminino (talvez) adormecido. A partir daí, ao olhar para outras mulheres, é possível perceber que compartilhamos dos segredos de um universo particular e sagrado.
Um grande abraço materno!

terça-feira, 15 de maio de 2012

Profissionais de saúde discutem consequências decorrentes do pós-parto

Olá,
Saiu no site da UNEB uma matéria sobre o evento realizado no dia 11 de maio.
Para ler a matéria, é só clicar AQUI.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Maternidade: aspectos psicológicos e emocionais




 RODA DO FEMININO
Maternidade: aspectos psicológicos e emocionais. 

O processo da gestação desencadeia algumas alterações hormonais provocando variações do comportamento emocional que requer uma atenção especial.

Acrescido a estas mudanças, a gestante também enfrenta situações para as quais não está preparada emocionalmente gerando a necessidade de informações e apoio profissional. A escolha da equipe para atender as demandas desse período, os desejos do casal, tipo e local de parto, cuidados com o bebê e tantas outras atividades preenchem o período da gestação.

Só quando já estão em casa, muitas mães se dão conta, que não estão preparadas para a nova rotina da maternidade, uma vez que o pós-parto gera uma demanda para além dos cuidados com o bebê, amamentação, mas especialmente com o autocuidado.

Nesse contexto convidamos você para participar dessa roda de conversas, onde iremos identificar as principais mudanças físicas, psicológicas e emocionais ocorridas durante o pós-parto, período em que ocorrem as maiores dificuldades de adaptação à maternidade.


PROGRAMAÇÃO 

14:00— 14:30 
Acolhendo aos participantes 

14:30—15:00
Exibição do documentário Shantala de Frédérich Leboyer


15:00— 16:00
Roda de Conversa— Nasceu e agora? Maternidade para além do gestar e parir.

Coordenadora da mesa: Mary Lúcia Galvão – Enfermeira Obstetra e Coordenadora do Serviço Médico Odontológico de Saúde da Uneb – SMOS.

 Drª Marilena Pereira
Obstetra—Clínica SOMA e Centro de Parto Normal da Mansão do Caminho

 Profª. Ms. Taiane Mara de Filippo
Psicóloga e docente da Unijorge

Chenia d’Anunciação

Profª Maria da Luz Aguiar O. Campos
Enfermeira e Docente da UNIME 

Profª Ms. Ana Regina Graner Falcão
Fonoaudióloga e Docente do DCV I - UNEB  

Enfª. Jaine dos Santos Lima
Enf.ª residente do programa de Residência Multiprofissional UNEB

 16:00-18:00
Plenária: Entrando na roda do feminino
Sorteio de um Sling Umbiguinho (www.umbiguinho.com.br)
Avaliação da Roda


LOCAL

UNEB – CAMPUS I CABULAAUDITÓRIO -Departamento de Ciências da Vida – DCV I 

DATA
11 de maio de 2012 

HORÁRIO
 14:00 às 18:00 

PÚBLICO ALVO
Profissionais de saúde, mães, pais, avós e todos interessados no debate.

  
ORGANIZAÇÃO 

SMOS – Serviço Médico Odontológico de Saúde
Mary Galvão e Mirian Moes


ALDEIA MATERNA - Círculo de Apoio à Maternidade
Chenia d’Anunciação www.aldeiamaterna.com.br


APOIO
PROEX/GEEX

Estagiários de Extensão 

Hortência Kalile Cedraz – Estudante de Fonoaudiologia                                      

Marcelino Sampaio – Estudante de Enfermagem                                         

Gabriela Cedraz – Estudante de Enfermagem


Maiores informações pelos telefones:
 3117-2344  ou  3117-2340  falar com Cláudia ou Alexandra